Gostoso é entrar na internet e ver gente da sua própria FAMÍLIA, que diz que te ama e te respeita e que segue os ensinamentos de Jesus, dizerem que não gostam de homossexuais, assim como não gostam de pedófilos, outro dizer que tem NOJO de homossexual e fora outras coisas que já ouvi e li. Onde foi que as pessoas esqueceram a diferença entre dar opinião e faltar com respeito, magoar, ferir, ofender,...? Pessoas que não tem um pingo de conhecimento sobre o que é ser homossexual e nem sobre a vida, que só tem conhecimento sobre o "mundinho" que vivem e/ou sobre a Bíblia (não estou entrando no mérito de desqualificar a religião de ninguém, estou falando sobre conhecimento LIMITADO). Muita gente tem nojo de pessoas que tem AIDS, tem gente que acredita até que é uma benção de deus para os homossexuais (como se só estes pegassem AIDS), tem gente que tem nojo de negro, de pobre, de prostituta, de funkeiro, de pagodeiro, de rockeiro, de usuário de drogas, de espírita e por aí vai.
Eu, bissexual (com um relacionamento há 5 anos com uma mulher que eu AMO e não tenho vergonha de assumir isso), sempre passei minha vida inteira me preocupando em aprender a respeitar toda e qualquer diferença entre mim e o restante do mundo. Tenho pais MARAVILHOSOS que me ensinaram isso. Eu não seria uma prostituta, mas não julgo quem é ou já foi e nem tenho nojo, repulsa ou algo parecido. Desde que ela seja uma boa pessoa comigo, eu serei boa com ela. Assim serve para os outros "rótulos" que citei. Procure entender o outro e se colocar no lugar dele, antes de julgá-lo ou de criar algum tipo de ojeriza por ele.
Eu tenho nojo de pedófilo, estuprador, gente sem caráter, hipócrita, fútil, mesquinha, arrogante, mentirosa, falsa e por aí vai.
Agradeço de coração aos meus amigos e familiares que sempre demonstraram respeitar e me amar do jeito que sou. Denise, obrigada por teu carinho por mim e respeito pelo meu relacionamento e por torcer para que eu seja feliz, independente da forma. Não só a minha prima Denise, como muitos outros da minha família sempre demonstraram do seu jeito um respeito por mim (mesmo que sua religião diga que é errado ser homossexual): minha avó, minha tia Rosely, minha madrinha Regina, meu primo Rogério, minha prima Gisele e outros. Agora aos outros, que acham que sou inferior, que sou NOJENTA, que sou promíscua ou o que for, deixo a vocês apenas o meu lamento, porque é triste saber que pessoas que eu amo pensam assim de mim, mas também não vou abaixar minha cabeça pra NADA, porque agora mais do que nunca sinto orgulho de ter o caráter que eu tenho e ter EMPATIA por outros seres humanos, dos meus sentimentos quem sabe sou eu. E vocês ainda tem muita coisa pra aprender na vida.
Talvez muitos pensarão que estou me expondo demais ao colocar aqui essas palavras, e talvez amanhã eu até me arrependa, mas no momento estou SUFOCADA com tudo isso.
Verdades Peculiares
sábado, 13 de abril de 2013
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Ahhh, o natal...
Comemorado por uns, ignorado por outros, esse é o natal.
Quando criança achava que a importância do natal se resumia
em presentear quem se gosta, ganhar presentes daqueles que se importam com
você, confraternizar com os familiares e comemorar o nascimento de Jesus
Cristo. Mas, com o tempo algumas coisas perderam o sentido e hoje passei a de
certa forma ignorar o natal. Minhas principais razões talvez sejam muito
pessoais e o natal em si nem tenha tanto a ver com isso. Mas vamos lá...
Troca de presentes, amigo oculto e afins: Como citei de
início, um dos principais motivos pelo qual eu gostava do natal era a troca de
presentes com quem se gosta. Bom, a hora que queremos agradar as pessoas que
gostamos, não esperamos o natal para presenteá-las e o que acaba acontecendo é
que quando se aproxima o natal muitos praticamente se sentem na obrigação de
presentear certas pessoas que nem tem tanta vontade assim de agradar (“Ah,
quero dar esse presente para aquela irmã que eu amo, mas se eu der para ela vou
ter que dar para a fulana também porque se não fica chato.”). Resumindo: hipocrisia.
Às vezes trocar presentes com alguém que nem temos tanta afinidade assim,
apenas para fazer como manda o figurino. Sem contar o amigo oculto e todo
aquele receio que se tem de tirar alguém que você nem se dá tão bem, aquele que
você não sabe como descrever naquela palhaçada repetitiva de ficar descrevendo
quem você tirou e fingindo que ama aquela pessoa e a acha super legal (isso
serve para ambiente de trabalho e familiar). O que acho é que cada um deveria
pegar seu dinheiro e comprar o que quisesse para si mesmo, afinal dá no mesmo e
você não corre o risco de ter que ficar fazendo pose para ficar bem na foto.
Confraternização com familiares: a segunda parte mais chata! Se você tem uma família super legal que nunca rola fofoca, comentários desagradáveis, pessoas se achando melhores que outras, comentários por baixo dos panos, PARABÉNS! O natal para você pode realmente ser uma grande oportunidade de confraternizar e até conhecer pessoas da família que você não teve contato o restante do ano todo. Mas em geral, as famílias que conheço sempre ocorre esse tipo de coisa, e as pessoas mais uma vez confraternizam quase obrigadas, apenas mais uma vez para fazer como manda o figurino. Porque afinal de contas, ou as pessoas que você realmente gosta da família estão várias vezes ao ano em contato com você (é o meu caso) ou se não estão, você mesmo vai fazer questão de estar em contato com elas de alguma forma. Portanto, BALELA! Só serve para você ter obrigação de confraternizar com quem você já está cansado de estar junto ou com quem você não está nem um pouco afim.
Nascimento de Jesus Cristo: em primeiro lugar perdeu o
sentido para mim por eu não ser cristã (e nem seguidora de qualquer outra
religião) e mesmo para os que são cristãos, venhamos e convenhamos, todo mundo
tá cansado de saber que não houve nascimento nenhum de Jesus Cristo nesta data,
a origem da festa é PAGÃ, a origem dos enfeites é pagão e o natal hoje só é
realmente uma noite feliz para os donos de lojas que vêem suas contas bancárias
crescerem aos montes por causa da troca de presentes quase obrigatória que
citei anteriormente.
Faço questão de deixar claro que não estou de forma alguma criticando as famílias que tem apego ao natal, nem os cristãos que comemoram o natal. Cada um tem sua visão sobre a data e seus motivos para gostar e/ou comemorar, aqui apenas cito as MINHAS razões por não gostar.
Faço questão de deixar claro que não estou de forma alguma criticando as famílias que tem apego ao natal, nem os cristãos que comemoram o natal. Cada um tem sua visão sobre a data e seus motivos para gostar e/ou comemorar, aqui apenas cito as MINHAS razões por não gostar.
É isso...de qualquer forma, para os que realmente sabem que
gosto de vocês e desejo o bem independente da data, espero que tenham tido um
bom natal e que tenham realmente um próspero ano novo! Abraços e beijo na
bochecha!
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Privilégio injusto? Mesmo?!
Olá pra você. Resolvi
escrever este texto após receber ontem uma sms de um amigo que estaria
indignado com a aprovação por parte da Alerj do projeto de lei que reserva 5%
das vagas em concursos públicos para ex-detentos. Acredito que meu amigo tenha
feito este comentário esperando uma reação também de indignação vinda de minha
parte (risos). Pois bem, não estou indignada, mas tal notícia me fez refletir
sobre cotas e recuperação de presidiários. Após ler a notícia e também ler o
que alguns “internautas” pensam sobre isso, pensando nos prós e contras,
cheguei à conclusão de que acho de fato uma boa ideia e deixo o espaço aberto
para quem quiser discordar de mim!
Hoje a situação nos presídios brasileiros é de caos total e
isso não é novidade pra ninguém, é aquela história que todo mundo sabe: o cara não
paga pensão e é jogado na mesma cela que um traficante, que um assassino e
outros mais. Os motivos que levam alguém a cometer qualquer crime são inúmeros
(não que justifique o crime em si): insanidade, necessidade financeira,
safadeza, pilantragem, influência, meio social, revolta, ódio, paixão, enfim!
Cada caso é diferente com apenas um único fim para os que vão parar na prisão:
geralmente voltam de lá ainda piores! Devido às violações dos direitos humanos,
à convivência com outros presos e à necessidade de sobrevivência dentro da
cadeia. Mas fora esta grande parcela de
não-recuperados, há os que pagam por seus crimes e saem de lá RECUPERADOS e
querem realmente construir uma vida digna aqui fora, e quando chegam aqui
recebem portas fechadas por serem ex-presidiários. Então eu pergunto: após
pagar dentro da cadeia por seus crimes, chegar aqui fora e sofrerem
preconceito, esses seres humanos não merecem uma segunda chance de reconstruir
sua vida e receber desta forma (com a cota) um incentivo para estudar, se
tornar alguém e poder viver dignamente sem ter que recorrer a meios ilícitos?
Muitos comentários que li aqui na internet diziam: “Ah, até
o Fernandinho Beira-Mar terá mais chance de entrar num cargo público do que eu!
Isso é um absurdo!”
E eu volto com a pergunta: você consegue imaginar a cena deste camarada saindo
da cadeia e pensando: “Agora vou estudar bastante pra ser auxiliar
administrativo em uma empresa estatal.” (e ele vai ter que estudar MESMO,
porque não é porque existe a cota que será fácil conseguir a nota mínima!)
Conseguem imaginar? Eu não. O que quero dizer é que não há motivo para tal
alarde, porque como eu disse no início, hoje o sistema penitenciário brasileiro
não corrige bandido, ele pune e joga aqui fora como mais um problema e quem
paga o pato somos nós, os “não-infratores”. Os ex-detentos que irão concorrer a
tais vagas serão os que realmente “aprenderam a lição” e estão empenhados em um
reestabelecimento na vida. Não haverá uma demanda enorme de ex-detentos
querendo concorrer a vagas em concursos públicos, não haverá pessoas querendo
ser presas para concorrerem às vagas reservadas (sim, eu li opiniões de pessoas
dizendo isso), apenas os que estão interessados recebem a partir de agora um
incentivo para se empenharem nisso. E se não houver gente suficiente para
preencher as vagas reservadas, tais vagas irão para os outros candidatos (nós,
os não-infratores).
Hoje temos vagas reservadas para deficientes físicos, por um
acaso um paraplégico é menos capacitado intelectualmente do que eu? Não! Ele
recebe a vaga como para aumentar suas chances de conseguir um emprego (coisa
muito difícil quando não há cotas). Então eu não deveria me indignar com isso
também? Mas aí a sociedade não fica indignada, porque acha que o deficiente é um
“coitado” e o ex-detento é BANDIDO e sempre será. Mentalidade de egoístas que
nunca conheceram, conviveram ou se interessaram por conhecer um ex-detento que
quer realmente ascender na vida.
Ouvi um outro argumento dizendo que a ideia é boa, mas só
quem vai ter capacidade de passar nos concursos são os que cometem crimes do “colarinho
branco”, porque esses sim são os inteligentes. Como assim? Quer dizer que só os
“ricos” tem capacidade intelectual para passar em concurso público? Se o cara
de qualquer camada social realmente se esforçar ele tem tanta capacidade de
passar quanto o “do colarinho branco” e outra coisa, quando nos referimos a “vaga
em concurso público” há desde as vagas de nível fundamental até às de nível
superior . E cá entre nós, quantos infratores de “colarinho branco” vocês conhecem
que estão presos? E quantos destes que estão presos (supondo que você lembre de
algum) você acha que estão realmente interessados em tornarem-se servidores
públicos?
Resumindo: o melhor seria que nosso sistema penitenciário
oferecesse uma recuperação de verdade para os detentos e tivéssemos paralelo a
isto um trabalho árduo na prevenção de tais crimes, mas enquanto isso ainda é
uma realidade longínqua, eu acho sim que esta é uma boa iniciativa!
É isso, tentei resumir ao máximo minhas ideias e ainda assim
o texto ficou grandinho. Rs. Como disse no início, deixo o espaço aberto para
discordarem de mim (com educação e bom senso, claro). ;)
Abraços e obrigada pela visita!
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Errare Humanum
Talvez este texto não seja muito
interessante, mas peço licença para de certa forma, desabafar um pouco...
Completamente impelida por um
atual momento em que vivo, lembrei-me dos meus erros. Não, eu não vim aqui pra
escrever uma lista dos meus erros, justifícá-los, explicá-los, desculpar-me,
não é este meu intuito. Quero falar sobre nossa vida pós-falhas! Eu
particularmente nunca soube lidar muito bem com minhas próprias falhas, estas
muitas vezes comuns e repetitivas, pois por mais que não queiramos continuamos
a cometer os mesmos erros que outros outrora cometeram. Então hoje me peguei
pensando em como um ser humano que possui aquelas duas “coisas”, chamadas
MEMÓRIA e CONSCIÊNCIA, consegue conviver com as falhas que cometemos no
passado, seja com alguém que amamos, seja com nós mesmos. Cheguei a uma simples
conclusão: não há receita. Como tudo que cabe ao ser humano, esta é mais uma
daquelas coisas complexas e pessoais que cada um lida de uma forma diferente...
Então, após iniciar um texto
pensando em ajudar alguém a lidar com as próprias falhas, chego a conclusão de
que não posso fazer isso, mas ao menos posso dizer dois pontos importantes e
tão certos quanto a morte:
1- Não
há vergonha nos erros: não nos envergonhemos de errar, mas não nos orgulhemos
dos erros, mas sim de termos tido a coragem de admití-los! Seja para nós
mesmos, seja para o próximo. Sinceramente, essa história de só se arrepender do
que não fez, é coisa de gente covarde! Temos sim que nos arrepender de nossas
falhas, olhar pra trás e pensar que jamais faríamos aquilo novamente! Isso sim
é AMADURECIMENTO. Errar, admitir, arrepender-se, pedir desculpas quando
necessário, procurar não repetir (extremamente importante), todos esses fatores
são parte do nosso crescimento. Mas NUNCA abaixe sua cabeça, não crie “escudos
de perfeição”. Nossos erros nos ajudam a buscar a excelência na existência (e
essa nunca será encontrada, mas ao menos devemos tentar chegar o mais próximo
disto...).
2- O
olhar sobre os erros alheios: lembre-se de que da mesma forma que você está inclinado
a cometer erros, arrepender-se e carregar o peso na consciência, as pessoas que
você ama também estão. Então, procure não só perdoar as pessoas, mas também
trabalhar junto delas para que tais coisas não voltem a se repetir. Devemos
ajudar uns aos outros a viver melhor... se você sente aquela dor no coração por
ter feito coisas erradas, aquele por quem você tem amor (qualquer “tipo” de
amor) muitas vezes também carrega esta dor.
A vida é complicada demais, o
coração humano e as relações humanas também. Estou longe de saber exatamente
lidar com os erros, estou longe de ter uma receita pra isso, mas uma coisa é
certa: se você não sofre de Alzheimer, não adianta tentar apagar da memória as
coisas que te marcaram negativamente (e consequentemente não se pode exigir
isto de alguém). NINGUÉM esquece as mágoas. A nossa única saída e buscar dia
após dia a lidar com elas da melhor forma e ajudar os que amamos a fazer o
mesmo.
Um grande abraço!
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Rock In Rio (Parte I)
Olá senhores!
Como muitos sabem, fui uma das milhares de pessoas que prestigiaram a alguns dos shows do Rock In Rio na semana passada. No meu caso fui no dia 02 de outubro, quando as atrações principais foram Detonautas, Pitty, Evanescence, System of a Down e Guns ‘n’ Roses. No dia posterior ao show, pensei em escrever uma resenha aqui no blog sobre minha análise (leiga) a respeito dos artistas assistidos, mas resolvi também falar um pouco sobre a diversidade do gosto musical das pessoas presentes nestes eventos e em outros similares, e sobre o comportamento de alguns. Dividirei em 2 partes para que não fique maçante.
Para começar, vamos aos shows:
Detonautas – confesso que ouvir um álbum inteiro dessa banda é um tanto maçante, algumas músicas boas com letras fortes, outras mais fracas e consequentemente enjoativas, contudo, o show dessa banda me surpreendeu. Já havia ido a um show deles há anos atrás, mas não me lembrava do quanto era contagiante ouvi-los e assisti-los. Tocaram as músicas mais conhecidas, a nova música que se chama “Combate” (achei muito boa) e ainda animaram toda a platéia com o clássico “Metamorfose Ambulante” do maravilhoso Raul Seixas, para fechar com chave de ouro tocaram ainda o instrumental de “Smells Like Teen Spirit” da banda Nirvana. Um show magnífico, que sem dúvida fez a banda mostrar o porque terem sido chamados para o palco principal.
Pitty – já fui a outros 4 shows dela anteriormente e gostei de todos, mas este não foi bom. A impressão que tive é que somente o corpo da cantora estava sobre o palco, mas não a emoção, a empolgação, a alma. Não houve troca de energia com o público, e não há explicação técnica para isso, pois o repertório foi bom, a voz estava boa, o público não estava tão cansado (ainda), apenas não aconteceu. Parecia que estava assistindo ao show de um cover da Pitty e não ao da cantora dos hits com refrões grudentos, e cheia de atitude no palco. O show foi morno e desanimado.
Evanescence – a primeira vez que assisti ao show da banda foi quando tocaram no Rio Centro em um show exclusivo deles. Foi o único show da minha vida que tive vontade de chorar de tanta emoção passada pela Amy Lee. Mas neste do Rock In Rio, a emoção foi passada em alguns momentos do show, mas em outros parecia artificial. O repertório, para quem é fã, sem dúvida foi maravihoso, pois cantaram músicas de sucesso e músicas do novo álbum que ainda nem foi lançado, mas para quem conhece superficialmente não conseguiu se animar tanto, pois acho que há diferença entre um repertório de turnê e um de festival, então neste sentido eles não mandaram tão bem. O fato de que Amy Lee parecia “perdida” no palco, prejudicou um pouco também a interação com o público, pois na demora para iniciar a próxima canção, perdíamos um pouco do ânimo. Mas tal “falha” foi explicada anteriormente pela própria Amy, que alegou estarem muito tempo afastados do palco, o que prejudicou a interação da banda.
System of a Down – não tenho o que dizer de negativo sobre este show, sem dúvida foi um dos melhores da minha vida. Um repertório maravilhoso, uma energia incrível passada pelos integrantes da banda e totalmente retribuída pelo público, uma emoção inesquecível! Para muitos que assistiram de casa, talvez não tenham conseguido captar o que foi aquele momento, mas quem estava lá sabe o que estou falando. Sem dúvida, um show que vai ficar na memória dos presentes.
Guns ‘n’ Roses – a expectativa era grande, o medo de que algo desse errado também. Se formos comparar este show com o Guns dos anos 80/ 90, sem dúvida veremos que não foi um show tão maravilhoso assim. Axl foi mais simpático do que eu esperava, a voz estava melhor do que esperava, apenas o repertório não foi tão bom. Acho que cantou excessivas músicas do álbum novo e “enrolou” demais em solos de guitarra e piano. Contudo, foi um bom show.
O curioso é que em casa assisti algumas das apresentações pelo Youtube e me supreendi com a voz do Axl e também com a do Serj Tankian, ambos ficaram com a voz “estranha” na exibição na TV, mas sinceramente não sei explicar o motivo disso. Não sei se estava emocionada demais na hora do show que não percebi, ou se realmente ao exibir na TV o som fica diferente. Mas o que me importa é que os momentos que curti lá serão inesquecíveis! Cada centavo gasto com o ingresso e também já lá no evento, valeram a pena. Muitos dirão: “Ah, esse evento só para encher o bolso de empresários de dinheiro.” Sim, isso é uma verdade. Mas se formos pensar antes de fazermos certas coisas no “para onde está indo este dinheiro”, vamos todos nos unir e viver em uma comunidade hippie! A maioria das coisas que fazemos, as coisas com as quais gastamos nosso dinheiro, TUDO é para encher bolso de empresários. A vida é uma só, se ficarmos o tempo todo feito rabugentos pensando nisso, não faremos nada e veremos a vida passar sem ter feito nada de “diferente” e prazeroso.
Na próxima postagem farei comentários não sobre os shows, mas sobre os comentários ouvidos sobre o evento...
Por enquanto...tenham todos uma ótima semana!
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Uma imbecil na multidão.
Olá! Senhoras e senhores! Resolvi voltar a escrever hoje, e para isso busquei na minha memória um momento da semana passada.
Estava voltando do curso por volta de 22:00h quando passei pelo centro do bairro onde moro e vi uma cena que todos os dias observo: as pessoas que dormem no chão, no frio e que aprenderam a ignorar o que acontece ao redor. Ficam ali, sofrendo com as noites frias que nós (que temos um teto) reclamamos tanto toda noite. Temos cama, cobertor e teto, eles não. Durante o dia são catadores de latinha, de papel, pedintes, etc. À noite, forram o papelão, improvisam um travesseiro, usam as roupas mais quentes que ainda possuem e se cobrem com algum cobertor (ou não). Todos os dias passo por ali e a cena sempre me incomoda, por mais que passe muitas vezes sem comentar sobre o que estou vendo, fico pensando nos contrastes da vida e em como muitas pessoas não conseguem se sensibilizar vendo aquilo. E é com esse tipo de gente que me deparei nesse dia, porque enquanto passava ao lado de mais uma daquelas camas improvisadas onde uma senhora que devia estar na faixa dos seus 50 anos dormia, vi uma menina que caminhava um pouco mais à minha frente, jovem (entre 18 e 22 anos), acompanhada de mais alguns amigos. Essa menina passou e puxou a coberta da senhora, deixando-a exposta ao sereno e consequentemente a acordando com o susto, a senhora por sua vez, se limitou a apenas falar com uma voz fraca e sonolenta ao levantar a cabeça: "Faz isso não, menina, faz isso não..."
A menina saiu às gargalhadas, perguntando para os amigos: "Viram? Viram? Ela acordou!"; e ria mais. Os amigos se dividiram: uma da companhias dela ria junto, já o casal ficou sério, aparentando um certo desprezo pela atitude dela..
Meu ódio era tanto, que desejei o mal à ela. Não tenho o costume de ter pensamentos tão ruins e "pesados", mas em um primeiro momento foram os que eu tive. Pensava: "Essa garota merecia que alguém arrebentasse a cara dela até sangrar, merece passar fome e ir morar nas ruas para que possa acontecer com ela o mesmo que ela fez com essa senhora!"
Foi um pensamento ruim, mas incontrolável! Meu coração batia forte, meu estômago estava doendo de tanto ódio. Depois fui me acalmando e tentando reorganizar meus pensamentos, consegui passar a apenas desejar que essa menina aprendesse da melhor forma que aquilo não era certo, e que ela deveria ter compaixão por aquelas pessoas.
Não sei a que atribuo esse tipo de comportamento, se é algo natural do coração de algumas pessoas, se é criação ou reflexo de algo que aquela pessoa passou na vida. Mas acho que TODOS OS PAIS deveriam mostrar aos seus filhos desde SEMPRE como o mundo é cruel e como existem diferenças sociais, que devemos lutar com as armas que temos ao nosso alcance para que a situação dos moradores de rua mude, fazer as nossas crianças entenderem o quanto dói não ter o que comer, não ter onde morar e como é indigno um ser humano viver daquele jeito. Talvez assim, em um futuro próximo, tenhamos jovens menos IMBECIS, menos frios, e menos alheios às dores dos outros.
Compaixão e empatia são TUDO!
Estava voltando do curso por volta de 22:00h quando passei pelo centro do bairro onde moro e vi uma cena que todos os dias observo: as pessoas que dormem no chão, no frio e que aprenderam a ignorar o que acontece ao redor. Ficam ali, sofrendo com as noites frias que nós (que temos um teto) reclamamos tanto toda noite. Temos cama, cobertor e teto, eles não. Durante o dia são catadores de latinha, de papel, pedintes, etc. À noite, forram o papelão, improvisam um travesseiro, usam as roupas mais quentes que ainda possuem e se cobrem com algum cobertor (ou não). Todos os dias passo por ali e a cena sempre me incomoda, por mais que passe muitas vezes sem comentar sobre o que estou vendo, fico pensando nos contrastes da vida e em como muitas pessoas não conseguem se sensibilizar vendo aquilo. E é com esse tipo de gente que me deparei nesse dia, porque enquanto passava ao lado de mais uma daquelas camas improvisadas onde uma senhora que devia estar na faixa dos seus 50 anos dormia, vi uma menina que caminhava um pouco mais à minha frente, jovem (entre 18 e 22 anos), acompanhada de mais alguns amigos. Essa menina passou e puxou a coberta da senhora, deixando-a exposta ao sereno e consequentemente a acordando com o susto, a senhora por sua vez, se limitou a apenas falar com uma voz fraca e sonolenta ao levantar a cabeça: "Faz isso não, menina, faz isso não..."
A menina saiu às gargalhadas, perguntando para os amigos: "Viram? Viram? Ela acordou!"; e ria mais. Os amigos se dividiram: uma da companhias dela ria junto, já o casal ficou sério, aparentando um certo desprezo pela atitude dela..
Meu ódio era tanto, que desejei o mal à ela. Não tenho o costume de ter pensamentos tão ruins e "pesados", mas em um primeiro momento foram os que eu tive. Pensava: "Essa garota merecia que alguém arrebentasse a cara dela até sangrar, merece passar fome e ir morar nas ruas para que possa acontecer com ela o mesmo que ela fez com essa senhora!"
Foi um pensamento ruim, mas incontrolável! Meu coração batia forte, meu estômago estava doendo de tanto ódio. Depois fui me acalmando e tentando reorganizar meus pensamentos, consegui passar a apenas desejar que essa menina aprendesse da melhor forma que aquilo não era certo, e que ela deveria ter compaixão por aquelas pessoas.
Não sei a que atribuo esse tipo de comportamento, se é algo natural do coração de algumas pessoas, se é criação ou reflexo de algo que aquela pessoa passou na vida. Mas acho que TODOS OS PAIS deveriam mostrar aos seus filhos desde SEMPRE como o mundo é cruel e como existem diferenças sociais, que devemos lutar com as armas que temos ao nosso alcance para que a situação dos moradores de rua mude, fazer as nossas crianças entenderem o quanto dói não ter o que comer, não ter onde morar e como é indigno um ser humano viver daquele jeito. Talvez assim, em um futuro próximo, tenhamos jovens menos IMBECIS, menos frios, e menos alheios às dores dos outros.
Compaixão e empatia são TUDO!
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Impedindo um ato solidário.
Como primeiro assunto a ser apresentado, decidi falar de algo que aconteceu com um amigo (por respeito à privacidade dele, usarei o nome fictício "Ivo").
Qual a importância da doação de sangue? Resposta: ENORME. É um ato de solidariedade, de amor ao próximo, e se todas as pessoas que podem doar sangue, assim fizessem, não teríamos tanta falta nos bancos.
O Ivo é saudável e não é promíscuo, é respeitável, inteligente e sabe se cuidar. Semana passada, Ivo foi doar sangue, ao chegar no local encontrou um rapaz que perguntou se ele iria doar para alguém especificamente ou se era voluntário, ele respondeu que era voluntário. O rapaz então, pediu encarecidamente que ele doasse para o pai dele e o Ivo aceitou, sentindo-se provavelmente até mais motivado a doar, pois estaria fazendo um bem para alguém que ele sabia que estaria precisando naquele momento e que deixaria aquele filho feliz e mais aliviado. Então se dirigiu para todo o processo burocrático necessário, deu o nome, identidade e foi responder ao questionário. Conforme orientado, respondeu tudo com sinceridade.
Havia uma pergunta (que é especificamente direcionada a homens):
"Fez sexo com outro homem no período de 1 ano?"
Ivo: Sim.
"Quantos parceiros sexuais você teve nesse período de 1 ano?"
Ivo: 2
Ele inocentemente não sabia que essas duas respostas eram o suficiente para IMPEDÍ-LO de ser um doador. Ainda assim ele seguiu até a sala indicada e lá confirmou as 2 respostas mais uma vez. A médica educadamente informou que ele não poderia doar sangue em virtude disso.. Provavelmente constrangido, Ivo disse que entendia que não era culpa dela, mas que era um absurdo aquilo, pois ele sabia que não era promíscuo e era só examinar o sangue. Saiu de lá chateado, constrangido e revoltado.
Não sei se a história foi EXATAMENTE assim, mas a mensagem acredito que foi entendida. Tudo isso me deixou pensando: "Vale a pena toda essa burocracia para um ato solidário?"
Acredito sim que o número de parceiros que uma pessoa tem no período de 1 ano seja um fator importante para identificarmos algum tipo de comportamento não cuidadoso, mas isso deveria valer para qualquer tipo de relação sexual, seja ela hetero ou homossexual. O fato do meu amigo ter tido 2 parceiros no período de 1 ano foi um fator ELIMINATÓRIO, mas se ele tivesse dito que eram 2 mulheres estaria tudo bem. Por que?
Por que a pergunta não é substituída por: "Fez sexo que envolva penetração, sem preservativos no período de 1 ano?"
Eu entendo perfeitamente que existe um período em que o vírus HIV fica "encubado", e fica difícil dizer se o exame de sangue irá identificá-lo. Sei também que o número de infectados é maior no meio de homens que mantém relações sexuais com outro homem. Mas o fato dessas duas afirmações serem verdadeiras, não significa que um homem que seja hetero (ou diga que é) não tenha também o vírus "encubado" em seu corpo. O mesmo vale para mulheres que mantém relações com homens ou outras mulheres (no caso de homossexuais mulheres, a relação não é um critério eliminatório). Acho sinceramente que esse questionário pré-doação deveria ser reformulado, com perguntas que realmente pudessem SUGERIR que aquela pessoa possa ter o vírus, por causa de algum comportamento sexual "de risco".
Há risco na doação de sangue vinda de QUALQUER pessoa, não é o fato de um rapaz ter tido uma relação com um homem no período de 1 ano que dirá que ele tem mais risco de ter a doença, e ainda fazer disso um impedimento, quando muitos morrem por falta de doadores.
O ministério da saúde diz que não há mais o que chamávamos de "grupo de risco", mas se contradiz quando cria esse tipo de regra para a doação.
Acho que isso já deveria ter sido ELIMINADO há tempos. A AIDS NÃO TEM CARA! Pode existir um rapaz que tem até 10 parceiros homens diferentes dentro de 1 ano não ter o vírus, e outro homem que só teve 2 mulheres, possuir. Essa regra só mostra que a decisão do que é um comportamento promíscuo, parte do princípio que homens que fazem sexo com outro homem já podem ser considerados assim e ponto final. Num país que carrega a bandeira da luta pela igualdade, uma regra como esse é um atraso na nossa raíz.
Fiquei triste com o ocorrido, e fico imaginando quantos "Ivo's" sentem-se profundamente rejeitados com esse tipo situação.
Mas de qualquer forma, DOE SANGUE. O Ivo não pôde, então precisamos doar por ele.
Para maiores informações sobre a doação voluntária, dê uma olhada no site do Hemorio
Qual a importância da doação de sangue? Resposta: ENORME. É um ato de solidariedade, de amor ao próximo, e se todas as pessoas que podem doar sangue, assim fizessem, não teríamos tanta falta nos bancos.
O Ivo é saudável e não é promíscuo, é respeitável, inteligente e sabe se cuidar. Semana passada, Ivo foi doar sangue, ao chegar no local encontrou um rapaz que perguntou se ele iria doar para alguém especificamente ou se era voluntário, ele respondeu que era voluntário. O rapaz então, pediu encarecidamente que ele doasse para o pai dele e o Ivo aceitou, sentindo-se provavelmente até mais motivado a doar, pois estaria fazendo um bem para alguém que ele sabia que estaria precisando naquele momento e que deixaria aquele filho feliz e mais aliviado. Então se dirigiu para todo o processo burocrático necessário, deu o nome, identidade e foi responder ao questionário. Conforme orientado, respondeu tudo com sinceridade.
Havia uma pergunta (que é especificamente direcionada a homens):
"Fez sexo com outro homem no período de 1 ano?"
Ivo: Sim.
"Quantos parceiros sexuais você teve nesse período de 1 ano?"
Ivo: 2
Ele inocentemente não sabia que essas duas respostas eram o suficiente para IMPEDÍ-LO de ser um doador. Ainda assim ele seguiu até a sala indicada e lá confirmou as 2 respostas mais uma vez. A médica educadamente informou que ele não poderia doar sangue em virtude disso.. Provavelmente constrangido, Ivo disse que entendia que não era culpa dela, mas que era um absurdo aquilo, pois ele sabia que não era promíscuo e era só examinar o sangue. Saiu de lá chateado, constrangido e revoltado.
Não sei se a história foi EXATAMENTE assim, mas a mensagem acredito que foi entendida. Tudo isso me deixou pensando: "Vale a pena toda essa burocracia para um ato solidário?"
Acredito sim que o número de parceiros que uma pessoa tem no período de 1 ano seja um fator importante para identificarmos algum tipo de comportamento não cuidadoso, mas isso deveria valer para qualquer tipo de relação sexual, seja ela hetero ou homossexual. O fato do meu amigo ter tido 2 parceiros no período de 1 ano foi um fator ELIMINATÓRIO, mas se ele tivesse dito que eram 2 mulheres estaria tudo bem. Por que?
Por que a pergunta não é substituída por: "Fez sexo que envolva penetração, sem preservativos no período de 1 ano?"
Eu entendo perfeitamente que existe um período em que o vírus HIV fica "encubado", e fica difícil dizer se o exame de sangue irá identificá-lo. Sei também que o número de infectados é maior no meio de homens que mantém relações sexuais com outro homem. Mas o fato dessas duas afirmações serem verdadeiras, não significa que um homem que seja hetero (ou diga que é) não tenha também o vírus "encubado" em seu corpo. O mesmo vale para mulheres que mantém relações com homens ou outras mulheres (no caso de homossexuais mulheres, a relação não é um critério eliminatório). Acho sinceramente que esse questionário pré-doação deveria ser reformulado, com perguntas que realmente pudessem SUGERIR que aquela pessoa possa ter o vírus, por causa de algum comportamento sexual "de risco".
Há risco na doação de sangue vinda de QUALQUER pessoa, não é o fato de um rapaz ter tido uma relação com um homem no período de 1 ano que dirá que ele tem mais risco de ter a doença, e ainda fazer disso um impedimento, quando muitos morrem por falta de doadores.
O ministério da saúde diz que não há mais o que chamávamos de "grupo de risco", mas se contradiz quando cria esse tipo de regra para a doação.
Acho que isso já deveria ter sido ELIMINADO há tempos. A AIDS NÃO TEM CARA! Pode existir um rapaz que tem até 10 parceiros homens diferentes dentro de 1 ano não ter o vírus, e outro homem que só teve 2 mulheres, possuir. Essa regra só mostra que a decisão do que é um comportamento promíscuo, parte do princípio que homens que fazem sexo com outro homem já podem ser considerados assim e ponto final. Num país que carrega a bandeira da luta pela igualdade, uma regra como esse é um atraso na nossa raíz.
Fiquei triste com o ocorrido, e fico imaginando quantos "Ivo's" sentem-se profundamente rejeitados com esse tipo situação.
Mas de qualquer forma, DOE SANGUE. O Ivo não pôde, então precisamos doar por ele.

Para maiores informações sobre a doação voluntária, dê uma olhada no site do Hemorio
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