Talvez este texto não seja muito
interessante, mas peço licença para de certa forma, desabafar um pouco...
Completamente impelida por um
atual momento em que vivo, lembrei-me dos meus erros. Não, eu não vim aqui pra
escrever uma lista dos meus erros, justifícá-los, explicá-los, desculpar-me,
não é este meu intuito. Quero falar sobre nossa vida pós-falhas! Eu
particularmente nunca soube lidar muito bem com minhas próprias falhas, estas
muitas vezes comuns e repetitivas, pois por mais que não queiramos continuamos
a cometer os mesmos erros que outros outrora cometeram. Então hoje me peguei
pensando em como um ser humano que possui aquelas duas “coisas”, chamadas
MEMÓRIA e CONSCIÊNCIA, consegue conviver com as falhas que cometemos no
passado, seja com alguém que amamos, seja com nós mesmos. Cheguei a uma simples
conclusão: não há receita. Como tudo que cabe ao ser humano, esta é mais uma
daquelas coisas complexas e pessoais que cada um lida de uma forma diferente...
Então, após iniciar um texto
pensando em ajudar alguém a lidar com as próprias falhas, chego a conclusão de
que não posso fazer isso, mas ao menos posso dizer dois pontos importantes e
tão certos quanto a morte:
1- Não
há vergonha nos erros: não nos envergonhemos de errar, mas não nos orgulhemos
dos erros, mas sim de termos tido a coragem de admití-los! Seja para nós
mesmos, seja para o próximo. Sinceramente, essa história de só se arrepender do
que não fez, é coisa de gente covarde! Temos sim que nos arrepender de nossas
falhas, olhar pra trás e pensar que jamais faríamos aquilo novamente! Isso sim
é AMADURECIMENTO. Errar, admitir, arrepender-se, pedir desculpas quando
necessário, procurar não repetir (extremamente importante), todos esses fatores
são parte do nosso crescimento. Mas NUNCA abaixe sua cabeça, não crie “escudos
de perfeição”. Nossos erros nos ajudam a buscar a excelência na existência (e
essa nunca será encontrada, mas ao menos devemos tentar chegar o mais próximo
disto...).
2- O
olhar sobre os erros alheios: lembre-se de que da mesma forma que você está inclinado
a cometer erros, arrepender-se e carregar o peso na consciência, as pessoas que
você ama também estão. Então, procure não só perdoar as pessoas, mas também
trabalhar junto delas para que tais coisas não voltem a se repetir. Devemos
ajudar uns aos outros a viver melhor... se você sente aquela dor no coração por
ter feito coisas erradas, aquele por quem você tem amor (qualquer “tipo” de
amor) muitas vezes também carrega esta dor.
A vida é complicada demais, o
coração humano e as relações humanas também. Estou longe de saber exatamente
lidar com os erros, estou longe de ter uma receita pra isso, mas uma coisa é
certa: se você não sofre de Alzheimer, não adianta tentar apagar da memória as
coisas que te marcaram negativamente (e consequentemente não se pode exigir
isto de alguém). NINGUÉM esquece as mágoas. A nossa única saída e buscar dia
após dia a lidar com elas da melhor forma e ajudar os que amamos a fazer o
mesmo.
Um grande abraço!
Pois bem Marja, achei mega interessante seu texto (quem me dera se os textos "não interessantes" abordasse um assunto tão complexo assim..rsrs) Mas, me vi nessa situação do primeiro ponto, dos dois que você descreveu. Sobre aquele post que fiz no facebook. E foi exatamente isso que passou pela minha cabeça, quando li o seu comentário em especial. Todos os outros vinham em forma de "crítica enlatada", sabe? Não vieram como veio a sua, com fundamentos, exemplos e conclusão! Isso me fez pensar, ver a besteira que tinha feito e corrigir(talvez um pouco tarde..) Mas, consegui admitir e corrigir! E admito que amadureci.. Não encaro como uma limitação, mas, hoje em dia eu penso algumas vezes antes de postar algo lá. Não é restrição, mas, só penso que amigos, amigos dos meus amigos e outras milhares de pessoas vão ver aquilo e isso é grande demais!! Enfim, um texto mega interessante e mais uma vez fico feliz de saber que tenho uma amiga que descreve tão bem assuntos cotidianos. Acredito que pra você tenha sido um desafio escrever sobre erros, mesmo não citando os que possivelmente tenha motivado a escrever esse texto.
ResponderExcluirUm abraço!
Obrigada, Thiago! Propositalmente não quis escrever quais foram exatamente os erros que me motivaram a escrever esse texto, porque envolveria outras pessoas e também porque para algumas pessoas eu realmente não tenho interesse de contar o que foram esses erros. Mas enfim, ainda bem que gostou. Talvez o texto não tenha sido tão desinteressante assim... rs
ExcluirAprender a lidar com os nossos erros requer um esforço contínuo e sincero. O caminho do reconhecimento de nossas falhas é sempre engrandecedor, essencial a um desenvolvimento pleno.
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